Vamos ver se nos entendemos.
Apareces quando queres, vais-te embora se te apetece, e outras surges
intermitente, raras vezes amando-me como eu preciso, e preciso tanto, e mereço.
Neste momento, não te quero, nem te preciso, amasses-me tu com hora, na hora de
todos os silêncios, quando me enrosco no luar como um gato e seríamos
eternamente felizes, se não eternamente, pelo menos na fugacidade de umas horas
até que o sol surgisse em fios luminosos pela janela. Largar-te-ia, meu amor
fugidio, e aterraria nos teus braços quando a lua se faz luz outra vez. Não me
queres e cutucas-me o pescoço em alturas inconvenientes, como agora. Não podias
amar-me sempre, meu sono castigador?
#crónicasdosono
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