17 Jun 2019

Crónicas do sono #4


Hoje foste tu que me chamaste. De mansinho como os gatos enroscaste-te no meu colo e foste subindo sorrateiro até te enrolares no pescoço. Ouço o teu sopro suave, a respiração no meu peito, o calor húmido do teu corpo tão perto, véu de seda que me envolve e me deixa vulnerável e abandonada. Fecha a porta, meu sono desejado, meu amante fugidio. Fecha o mundo lá fora. Serei tua.