25 Jan 2019

Credo, Né, és tão parvo. Que raio de mania essa havia de se te meter na cabeça. Se não fosse janeiro, terias querido partir na mesma? Se fosse fevereiro quando os dias alongam, se fosse março quando o ar se perfuma? Não podias ter antes bebido um copo e pensar que tudo passa? Que parvoíce, Né. O resto tu sabes. A Sofia ficou uma mulher linda. O Benfica está uma merda. Fui ver o Ozzy em julho, imagina. De vez em quando recolho-me em eucaristias íntimas de Dão em tua honra, eu, tu e o tio, um gole e somos nós na Beira, no granito e no frio, cheira a sonhos e a lenha, somos nós na luz bruxuleante que guardo em mim. Tu sabias que nem tudo passa. A tua ausência não passa. Que parvo, Né.

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