23 May 2019

Crónicas do sono #3


Não agora. Não venhas agora enquanto o sol ainda vai alto e os raios de luz estridente me iluminam a alma e beijam o corpo. Não me beijes o pescoço, não me percorras as costas nesse teu indelével toque, o toque que depois de me arrepiar, me embalará nesse doce colo, livre e ligeiro como um manto de seda, onde repousarei inteira e abandonada. Larga-me, meu amor. Espera-me antes pela noite e seremos felizes outra vez, meu querido, meu eterno amante fugidio, meu sono temperamental.

#crónicasdosono

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