Hoje foste tu que me chamaste. De mansinho como os gatos
enroscaste-te no meu colo e foste subindo sorrateiro até te enrolares no
pescoço. Ouço o teu sopro suave, a respiração no meu peito, o calor húmido do
teu corpo tão perto, véu de seda que me envolve e me deixa vulnerável e
abandonada. Fecha a porta, meu sono desejado, meu amante fugidio. Fecha o mundo
lá fora. Serei tua.
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