Chega aqui. Mais perto. Deita-te
a meu lado e sobe-me como a maré, acaricia-me como a brisa do estio que me
entra agora pela janela enquanto me despojo do dia, da noite, de mim, um corpo
que anoitece no crepúsculo de si. A noite que se pôs lá fora embalar-nos-á,
seremos um até cantar a cotovia, e os raios de sol choverem fios dourados pela
janela. Vem agora e serei tua, meu sono desejado, meu amante inquieto.
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