Diz que hoje é o dia da gratidão.
Não sei de onde vem, quem instituiu mas sei que a gratidão é das coisas que
mais prezo. Estar grato é reconhecer o que de seu nos deram e que na verdade
não precisavam de dar. A generosidade genuína de nos darmos ao outro.Estou
grata muitas vezes e sempre. Quando os alunos me retornam e me abraçam, quando
me pedem desculpa por alguma incorreção, quando me agradecem pelo ano letivo,
quando se percebe que fizemos a diferença, mesmo pequena e só reconhecível
nestes momentos. E depois, por muito do resto, pelas risadas que partilho com a
minha mãe, pela dádiva de quem sou, pela resiliência, por me aturarem os maus
humores, por partilhar lugares e momentos, pelas mãos dadas e silêncios
cúmplices, pelos copos partilhados em tantos ocasos, pelas pessoas que a vida
me deu e me devolve. Pelos pores-do-sol e pela lareira, pelos gorros numa
cidade gélida, pela intimidade de cortinas fechadas ao mundo, pelos mares e
marés, pelos beijos e abraços, pelo crepúsculo de inverno. Pelas palavras. Em
todas as línguas. Tanto, afinal
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