Larga-me. Não te quero perto
agora. Não me beijes o pescoço com esses teus lábios lúbricos. Não me enroles
os caracóis nesse teu dedilhar sensual, essa onda quente que me baixa as
defesas, e fico submissa e lânguida, sabes bem. Não posso agora. Logo, tu sabes,
quando os mochos se alvoroçam, e a lua brilha no topo dos pinheiros, estarei
pronta para ti, o corpo nu abandonado, sem artifícios, só eu. Vem logo, meu
amor fugidio, serei tua, meu sono insondável. Não agora. Afasta-te.
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