11 Jul 2020

Dia(s)

A minha portada é quase sempre a entrada do dia, marca o tom, a neblina pode acordar-me como uma chuva mansa, uma carícia indelével no rosto, ou um açoite impiedoso de vento antecipado pela dança do azevinho com a glicínia, de noite amam-se sempre sem recato, eu ouço-os quando a insónia me ameaça o dia e me rasga a noite em duas. Da minha portada hoje recebi o beijo doce dos dias límpidos de céu azul, aqui pode sempre ser no verão, outono, ou qualquer outra estação íntima do calendário pessoal. No meu é um dia bonito de azul terno e sol vibrante. Vestir uns calções, calçar uns ténis e ir beber maresia. Bom dia.

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